CÂMPUS CRICIÚMA Data de Publicação: 14 ago 2019 17:32 Data de Atualização: 19 ago 2019 16:17
Os alunos do curso técnico em Mecatrônica do Câmpus Criciúma estão dando os ajustes finais em seus robôs para participarem de mais uma etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que acontece neste sábado (17) em Jaraguá do Sul. O Câmpus Criciúma participa da competição com 42 estudantes divididos em 12 equipes.
No total, participam da fase catarinense da OBR mais de 130 equipes de 60 instituições de ensino de todo o Estado. A competição deve reunir cerca de 500 estudantes.
Na OBR, 12 pistas simulam uma situação de desastre em que os robôs precisam realizar um resgate. Cada equipe terá duas rodadas para realizar um trajeto de ida e volta cheio de obstáculos. “A pista simula um desastre natural em que o robô precisa seguir uma linha até encontrar as vítimas. A questão é que, como é um ambiente de desastre, essa linha pode estar corrompida, com barreiras e obstáculos, então o robô precisa contornar tudo isso”, afirma o professor Giovani Batista de Souza, coordenador da OBR em Santa Catarina.
Formada por Kamylo Serafim, Silvio Virtuoso, Kauã Librelato e Jean Nesi, estudantes do primeiro ano, a equipe ROBOTRÔN preparou um robô diferenciado para a competição. Os alunos não só construíram a máquina usando peças de Lego, distribuídas pelo próprio IFSC, como também adaptaram uma estrutura feita de palitos de picolé que, com um motor secundário, ajudaria a “liberar” as bolinhas/vítimas durante o percurso.
“Na parte da frente do robô há um motor ligado ao controlador, que faz a função de pegar a bolinha e colocá-la sobre o robô, dentro de uma caixa feita de palito de picolé. Na parte de trás tem um eixo colado em um motor, onde há uma série de ‘pazinhas’ que acabam segurando as bolinhas enquanto o motor estiver desligado. Ao acionar o motor, essas ‘pás’ fazem com que as bolinhas sejam jogadas para fora”, explica Kamylo.
“Espero que seja uma competição com um ambiente limpo, para criar novas amizades e ajudar a melhorar nosso robô. Com certeza irei trazer de lá bastante experiência, não só para mais dois anos e meio de curso, como para toda minha vida”, conclui o estudante.
Veja o vídeo sobre a competição de 2018:
Já a equipe Baiobots, formada pelos estudantes Lucas Westfal, Edmilson Alano Batista e Carlos Eduardo dos Santos Feliciano, do segundo ano, leva para Jaraguá uma novidade. Os alunos decidiram construir um robô totalmente do zero, fabricando as próprias peças e utilizando de um microprossessador Arduino, plataforma de hardware livre que pode ser montada, modificada e melhorada.
Os alunos afirmam que a experiência acaba agregando em suas formações enquanto técnicos em mecatrônica. “Fazer um robô com microprocessador Arduino aumenta a gama de possíveis soluções para os problemas apresentados na olimpíada. Entretanto, construir um robô do zero toma muito mais tempo, apesar de ser uma experiência proveitosa”, afirma Lucas. “Esperamos que seja uma boa experiência e que seja divertido participar da Olimpíada ”, conclui.
Para o professor Douglas Lucas dos Reis, as expectativas para o evento este ano ainda são incertas, graças ao aumento no número de participantes. “Este ano a quantidade de equipes aumentou absurdamente. Com cerca de 60 equipes, no ano passado, nós tínhamos uma ideia de como estavam os outros robôs e o que devíamos fazer para cumprir a pista, diferente deste ano que participam 137 equipes. Nós temos robôs muito bons, mas não sabemos como estarão os nossos concorrentes, então esperamos ficar entre os dez primeiros”, afirma o professor.
A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é uma tradicional competição estudantil, realizada desde 2006, que tem como objetivo estimular os jovens às carreiras científicas e tecnológicas.