No último dia 10 de agosto, na Sala dos Conselhos da Reitoria do IFSC, tive a oportunidade de fazer a mediação do debate sobre educação ambiental com o professor Marcos Sorrentino, diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

A reunião foi organizada pelo Departamento de Formação do Centro de Referência em Formação e Educação a Distância da Pró-Reitoria de Ensino (Cerfead/Proen), em conjunto com o Gabinete da Reitoria.

Na oportunidade recebemos representantes da sociedade civil, de instituições de Ensino (Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC, e Universidade do Vale do Itajaí, a Univali), além de representantes da gestão do IFSC e servidores dos câmpus Florianópolis, São José, Garopaba e Itajaí, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (representantes dos mandatos dos deputados estadual Marquito e Padre Pedro), de municípios da Grande Florianópolis, de associações e diversas outras entidades, com a intenção de mobilizar e articular lideranças e interessados na temática da educação ambiental e sustentabilidade de Santa Catarina em prol da retomada de um projeto coletivo e nacional de educação ambiental.

O professor Marcos Sorrentino destacou que os desafios atuais da educação ambiental só serão vencidos com cooperação, trazendo os iguais para dialogar. Informou que o MMA deverá lançar um edital específico para fomentar e dar suporte a Centros de Educação e Cooperação Ambiental por todo o país, mas que, antes disso, o ministério vem fazendo conversas com atores sociais para saber quais são as questões centrais e os gargalos que envolvem a educação ambiental no Brasil.

Ele também comentou que o MMA pretende fortalecer a Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental (CEAs), que estão apoiados em quatro dimensões: 1) espaço físico, equipamentos e entorno; 2) equipe educativa; 3) projeto político-pedagógico; e 4) estratégia de sustentabilidade. 

Os presentes trouxeram uma série de demandas como: retomada das conferências do meio ambiente (principalmente a conferência da juventude), financiamento de projetos estaduais e municipais, bolsas de fomento para participantes de projetos ambientais (não somente aqueles ligados à pesquisa e extensão), entre outras necessidades. Muitos destacaram que parte do trabalho de educação e ações ambientais é feita de forma voluntária, sem incentivo algum.
Houve também, por diversas vezes, o destaque da necessidade de formação continuada e a formação de formadores de educadores ambientais, formação de servidores, professores, estudantes, dentre outros grupos.

Por fim, os presentes acordaram a realização de novos encontros e debates, que acontecerão a partir da rede de contatos retomados na reunião realizada.