Pró-reitor e professor do IFSC integram missão do governo brasileiro em Moçambique

INTERNACIONAL Data de Publicação: 14 jun 2024 15:43 Data de Atualização: 14 jun 2024 16:18

O pró-reitor de Extensão e Relações Externas do IFSC, Valter de Oliveira, e o coordenador do Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima (Cnpmar), professor Benjamim Teixeira (Câmpus Itajaí), viajam neste sábado (15) para Moçambique. Eles integram a missão do governo brasileiro ao país africano que busca prospectar ações de cooperação técnica nas áreas de pesca e aquicultura. Além dos servidores do IFSC, integram a comitiva brasileira representantes da Agência Brasileira de Cooperação (órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores), do Ministério da Pesca e da Aquicultura, da Embrapa, do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). 

A comitiva ficará em Moçambique até 30 de junho, irá participar de reuniões e fará visitas técnicas à Embaixada do Brasil, ao Ministério do Mar, Águas Interiores e Pesca, ao Instituto Oceanográfico, ao Instituto Politécnico e ao Instituto de Desenvolvimento da Pesca e da Aquicultura, bem como terá encontros com piscicultores e aquicultores. “O IFSC foi convidado por ser considerado modelo para o desenvolvimento dessa iniciativa em Moçambique. Ao final da missão iremos apresentar um plano de trabalho para nova iniciativa de cooperação técnica entre os dois países. Queremos auxiliar o governo, as instituições de ensino e principalmente a comunidade de Moçambique no desenvolvimento da aquicultura e da piscicultura, bem como criar laços com as instituições de ensino de Moçambique para troca de experiências e que, a partir disso,  possamos alcançar a internacionalização da extensão do IFSC”, explica o pró-reitor de Extensão e Relações Externas.

Moçambique tem uma faixa costeira de mais de 2.500 quilômetros, mas a produção pesqueira ainda é insuficiente para cobrir as necessidades internas de consumo e o país chega a importar cerca de 77 mil toneladas de pescado por ano. Segundo dados do governo do país, 70% da população depende da agricultura e da pesca de subsistência para viver. “Nós queremos contribuir com a capacitação profissional porque sabemos que para qualquer atividade de pesca sustentável é preciso ter mão-de-obra qualificada. Iremos prospectar as demandas de capacitação e para isso iremos visitar a escola da pesca e produtores de tilápia e mexilhão. A partir da realidade deles e em parceria com outras instituições brasileiras, queremos fortalecer a cadeia produtiva da aquicultura e da piscicultura em Moçambique”, explica o professor Benjamim Teixeira.

Assim como a missão brasileira em Moçambique, representantes do governo africano estiveram no Brasil no ano passado para conhecer iniciativas relacionadas à pesca e à aquicultura. Em maio de 2023, o então  administrador executivo do Fundo ProAzul, Mateus Tembe, e a diretora do Instituto Geral de Pesca e Agricultura, Paula Afonso, órgãos vinculados ao Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas do governo de Moçambique estiveram no Câmpus Itajaí para conhecer a infraestrutura dos cursos de recursos naturais e de formação de pescadores. Eles estavam no Brasil à convite da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Ministério da Pesca e fizeram uma visita técnica ao Câmpus Itajaí em que puderam conhecer o barco-escola “Aprendendo com o mar”, os cursos técnicos de Aquicultura e de Recursos Pesqueiros e visitaram unidades de processamento de pescado em Itajaí. 

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