Câmpus Garopaba e Itajaí participam de programa estadual de pesquisa em resíduos sólidos

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 05 jul 2024 16:26 Data de Atualização: 05 jul 2024 17:17

Os câmpus Garopaba e Itajaí do IFSC estão participando da Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos, um programa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) e que tem como objetivo traçar um diagnóstico e contribuir com proposições para a revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos estadual.

O programa é uma necessidade do governo do Estado é revisar o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, elaborado em 2016 pelo governo do Estado por força de uma legislação federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A Fapesc investirá R$ 3 milhões no programa, que terá duração de dois anos.

A pesquisa terá cinco etapas: a estrutura de governança da rede; a definição de ferramenta para aquisição de dados, banco de dados e modelagem de indicadores de desempenho; o levantamento de dados primários e secundários nas Mesorregiões de Santa Catarina; o processamento e tratamento de dados das Mesorregiões de Santa Catarina e as proposições para revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos.

A coordenação estadual é da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tendo como coordenador geral o professor Armando Borges de Castilhos Junior, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental. Além disso, outras nove instituições também colaboram, nas seis mesorregiões do Estado.

Participação do IFSC

O Câmpus Garopaba vai coordenar a pesquisa na região Sul, em parceria com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), abrangendo 46 municípios, sendo que 20 ficarão sob responsabilidade do Câmpus Garopaba. Já o Câmpus Itajaí vai trabalhar em conjunto com a Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) em 12 municípios da mesorregião Vale do Itajaí.

O professor Juliano Gomes, do Câmpus Garopaba, coordenador técnico na mesorregião Sul, foi contatado pelo professor Armando, seu ex-orientador de doutorado, para que o IFSC pudesse fazer parte do programa. O papel dos câmpus do IFSC e demais instituições parceiras será a contratação de bolsistas que, com os docentes, farão a coleta de dados nos municípios, mapeando informações como geração de resíduos sólidos, coleta seletiva, reciclagem, associações de catadores, situação de grandes empresas, tratamento de resíduos, aterros sanitários e a existência de lixões, proibidos por lei desde 2010.

Para que haja colaboração da sociedade no fornecimento de dados, o professor Juliano explica que será realizado um trabalho de conscientização sobre a importância do programa. Ele lembra que a coleta de dados será feita de várias formas, como por exemplo com as prefeituras, que são as responsáveis pelos resíduos sólidos nos municípios, e com grandes empresas geradoras de resíduos. Os dados farão parte de um relatório, que trará subsídios para a elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos. 

Cada câmpus vai contratar três bolsistas, sendo um com experiência profissional (SET – F) e dois de iniciação científica de cursos de graduação. No Câmpus Garopaba já estão selecionados um estudante do mestrado em Clima e Ambiente e dois do curso superior de tecnologia em Gestão Ambiental. No Câmpus Itajaí, estão sendo selecionados dois estudantes de Engenharia Elétrica e um do mestrado em Clima e Ambiente. Professores-pesquisadores dos dois câmpus também estarão envolvidos.

Além do recurso para as bolsas, haverá investimentos para aquisição de equipamentos e para financiamento da pesquisa, divididos pela quantidade de municípios atendidos por cada a equipe. O Câmpus Garopaba receberá cerca de R$ 290 mil e o Câmpus Itajaí outros R$ 100 mil.

Além da produção científica, como publicação de artigos e trabalhos de conclusão de cursos, a divulgação da instituição é outro ponto positivo da participação do IFSC no projeto. “Vai ser uma vitrine. Vai ser uma forma de atrair o público que a gente deseja para o nosso curso superior”, destaca o professor Juliano Gomes. Segundo ele, o IFSC é conhecido pelos seus cursos técnicos, e essa é uma oportunidade de evidenciar os cursos superiores e o mestrado.

Para o professor Cássio Aurélio Suski, pesquisador colaborador da mesorregião do Vale do Itajaí, é importante para a instituição participar da elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Santa Catarina, pela importância que o documento terá. Ele explica que o plano define as diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos, visando reduzir impactos ambientais como poluição do solo, água e ar, além de promover a recuperação de áreas degradadas, assim como contribui para o desenvolvimento sustentável do estado ao incentivar práticas de redução, reutilização e reciclagem de resíduos, promovendo uma economia mais circular. Além disso, proporciona o estabelecimento de bases legais e normativas para a gestão adequada dos resíduos, garantindo que as ações estejam alinhadas com as leis ambientais vigentes e contribui para a eficiência na gestão pública ao estabelecer diretrizes claras para os gestores e órgãos responsáveis pela gestão de resíduos sólidos.

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