Sepei 2024: Projeto aprovado constroi placas para laboratório de agronegócio

ENSINO Data de Publicação: 25 jul 2024 18:29 Data de Atualização: 25 jul 2024 18:33

De 20 de 22 de agosto, o Câmpus São Miguel do Oeste recebe a 10ª edição do Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepei) do IFSC. É o maior evento científico da instituição e contará com palestras, mesas redondas, torneio de robótica e muito mais. Na programação, também há apresentações de trabalhos dos câmpus. Pelo Câmpus Lages, diversos trabalhos serão apresentados, entre eles "Construção de Placas de Circuito Impresso para Sistemas de Internet das Coisas Voltados ao Agronegócio", coordenado pelo professor Robson Costa, da área de Informática e Cultura Geral.

O professor conta que o projeto consiste na fabricação de placas de fenolite para uso em circuitos do laboratório (AgroTechLab). Ele conta que o câmpus adquiriu uma máquina CNC, que significa Controle Numérico Computadorizado, (sigla CNC, do inglês Computer Numeric Control) que permite o controle de máquinas, sendo utilizado principalmente em tornos e centros de usinagem. Permite o controle simultâneo de vários eixos, através de uma lista de movimentos escrita num código específico. "A gente coloca uma placa de fenolite virgem e a máquina tem uma broca que vai desbastando, vai criando o desenho do circuito na placa. Então, a gente fez alguns testes, principalmente para uso no laboratório, com os equipamentos em alguns formatos.", explica o professor.

O projeto tem como vocação principal o uso pedagógico, pois as placas são simples e feitas para uso em ações que não demandam tanta precisão de circuitos ou circuitos que não precisam ser tão pequenos. "Os projetos que são somente uma, com suas restrições, ou duas camadas, frente e verso, ela funciona muito bem. Já para os projetos que nós estamos fazendo hoje em dia no AgroTechLab, e que acabamos evoluindo e estamos fazendo um projeto de hardware, aí a placa já tem que ser feita dentro da fábrica, porque vai ter quatro a seis camadas, as linhas de circuito são bem estreitas, bem pequenas, para reduzir algumas questões que a gente está desenvolvendo", comenta o professor. No entanto, ele lembra que para o seu caráter inicial de projeto pedagógico ele está funcionando bem.

O dever de projeto de ensino-aprendizagem se concretiza, também, na participação dos alunos bolsistas. O professor explica que o bolsista, acadêmico de Ciência da Computação, trabalhou na montagem das máquinas e na impressora à laser, que vieram desmontadas de fábrica. Também participou dos testes para a construção das placas. O projeto acaba por conversar com outras iniciativas do Câmpus Lages do IFSC que tem relação seja com placas fotovoltaicas ou de internet das coisas.

Expectativa pelo evento

Diogo Mello Simões de Castro é estudante da 5ª fase do curso superior de Ciência da Computação. Natural de Florianópolis, o aluno se interessou pela área após um curso técnico de Desenvolvimento de Jogos Digitais no Senac, em Palhoça. O interesse em compor o projeto surgiu do interesse em estar em maior contato com a parte física dos componentes eletrônicos, uma vez que, na sua avaliação, o curso acaba por ser mais focado na parte teórica e na programação do que no hardware. "Quando o professor Robson nos informou sobre o projeto, vi aí uma possibilidade de expandir meus conhecimentos nesta área. Apesar da dificuldade em aprender e utilizar o KiCad, o software utilizado para fazer os projetos das placas de circuito impresso, acredito que fiz o que pude", conta o aluno.

O objetivo do Curso de Ciência da Computação é preparar profissionais de nível superior capacitados a utilizar as modernas tecnologias da área de informática e interagir com as demais áreas na orientação sobre a melhor aplicação destas tecnologias. Além de fornecer ao estudante uma forte base científica com o ensino articulado a atividades de pesquisa e extensão, o que o habilita a continuar estudos em nível de pós-graduação, pretende também prepará-lo para o mercado de trabalho regional e nacional. Esses objetivos do cursos acabam por ser contemplados na participação em projetos como este. "Estando neste projeto pude ter contato com a confecção de placas de circuito impresso, assim como com os softwares e equipamentos usados para tal, área que não é explorada normalmente nos cursos de Ciência da Computação. Também pude ter a experiência de fazer parte de uma equipe de pesquisa, me adaptando à rotina de trabalho e ao ambiente de laboratório", lembra o aluno. 

Sobre a ida ao Sepei, o aluno vive a ansiedade da participação. Também, lembra o caráter contributivo de um projeto como este para questões além da sala de aula, como a permanência e êxito e o combate à evasão. "Para ser honesto, me deixa um pouco nervoso. É o primeiro projeto que participo, então é tudo novidade para mim. Mas com certeza isso me anima a aprender mais e expandir meus conhecimentos nessa área tão vasta e tão fascinante que é a computação, completa.

Sobre o Sepei

De 20 a 22 de agosto de 2024, o Câmpus São Miguel do Oeste do IFSC receberá a comunidade do Instituto para atividades como palestras, oficinas, apresentações de trabalhos e sessões culturais relacionadas à temática "Ampliando fronteiras: educação, ciência e tecnologia para a sustentabilidade". Em sua décima edição, o Seminário de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do IFSC propõe um olhar para o futuro, ampliando as fronteiras do conhecimento e discutindo temas que impactam não só a sociedade, mas todas as formas de vida.

Questões climáticas e ambientais já são uma realidade presente e vêm trazendo grandes impactos ao planeta. Nesse cenário, que caminhos se impõem à educação profissional, científica e tecnológica? Que desenvolvimentos tecnológicos e inovadores podem contribuir para modificar essa realidade e solucionar problemas comuns? 

 

ENSINO EXTENSÃO PESQUISA SEPEI CÂMPUS LAGES