DIDASCÁLICO Data de Publicação: 22 nov 2021 08:34 Data de Atualização: 22 nov 2021 08:45
Com o retorno parcial das atividades presenciais no IFSC, a sexta edição Mostra Curto-circuito de Arte e Cultura pôde reocupar espaços do Câmpus Criciúma, que ficou vazio durante o auge da pandemia. O evento, encerrado na última sexta-feira (19), promoveu não só os talentos artísticos, mas proporcionou reencontros e imprimiu novas cores na vida do Câmpus.
Realizada desde 2016, a mostra cultural do Câmpus Criciúma reúne artistas amadores e profissionais, do IFSC e da região carbonífera, num espaço de troca de experiências e de formação dos estudantes, responsáveis também pela organização do evento. Em 2020, em função das medidas de distanciamento social, a Mostra foi totalmente virtual. Em 2021, uma edição híbrida contou com atividades presenciais no Câmpus, com direito a uma grande intervenção artística.
“Esta edição foi bastante especial, tendo em vista que conseguimos transformar os espaços de convivência, tanto do Câmpus quanto das salas de aula. Conseguimos também fazer a pintura da parede do novo bloco, algo que já tínhamos tentado edições anteriores, porém sem sucesso, então essa edição foi bastante especial e será sempre lembrada”, resume o estudante de Engenharia Mecatrônica Douglas Pereira da Silva, integrante da comissão organizadora.
Mural
O Bloco D, o mais recente do Câmpus Criciúma, recebeu um mural pintado pelos artistas Ricardo Herok e Michel Firma. Com dimensões aproximadas de 13m x 7,5m, o painel que pode ser visto no pátio interno está relacionado com o tema da sexta edição da Mostra, “Eu, caçador de mim”, referência à canção de Milton Nascimento que fala sobre conhecer a si próprio. “Elaboramos este projeto pensando na construção do ser humano e na necessidade de se autoconhecer para buscar a evolução humana. Cada pessoa terá sua leitura. Mas nossa intenção foi trazer esta questão da desconstrução do ser humano, da natureza, para se construir”, explica Herok, artista de Criciúma que já tinha feito uma oficina de grafite em edição anterior da Mostra.
Além do painel, a edição híbrida da Mostra teve encontros síncronos via Google Meet, com oficinas e conversas com artistas, exposição virtual de trabalhos gráficos no Instagram da Mostra e também atividades presenciais, como exposição fotográfica no hall do Câmpus e visitas à trilha ecológica.
“A interação com público nesta edição também foi muito interessante, pois a maioria das atrações foram feitas de maneira síncrona, aproximando o artista do público, que pôde interagir com os trabalhos, algo que vem do evento presencial e sempre buscamos manter. A proposta da mostra sempre foi democratizar e facilitar o acesso à arte e à cultura, tanto para a comunidade interna quanto externa, então essas ações onde o público interage, ou mesmo acompanha o processo de construção, como o mural, é muito legal. Com as atividades on-line creio que conseguimos democratizar bastante esse acesso e fazer um evento lindo”, afirma Douglas.
Nas suas seis edições, a Mostra se consolida como um espaço para revelar os talentos artísticos dos Câmpus, através dos alunos que decidem compartilhar com os colegas o que gostam de fazer. Caso da estudante do curso técnico em Química, Nicole Cardoso Silveira, que em seu primeiro ano de IFSC marcou a mostra cultural com sua voz: antes de cada atividade síncrona pelo Google Meet, era apresentado o vídeo em que Nicole canta “Caçador de Mim”.
“Foi muito legal, fiquei muito feliz por terem me convidado para cantar. Eu já havia cantado algumas vezes para a minha turma e até gravei um vídeo para a Mostra, mas não imaginava que iriam me convidar para cantar a música tema. Uma música linda e que passa uma mensagem muito bonita”, diz Nicole, que canta desde os 12 anos, quando entrou para o coral da escola.
Confira os trabalhos inscritos no Instagram da Mostra Curto-circuito.