ENSINO Data de Publicação: 08 jul 2019 15:52 Data de Atualização: 08 jul 2019 16:12
Uma equipe formada por estudantes do Câmpus Criciúma conquistou o terceiro lugar na categoria Junior Rescue da Robocup, um dos maiores torneios de robótica do mundo, disputado em Sydney, na Austrália. Criada em 1997, a tradicional competição chegou à sua 22ª edição, que terminou neste domingo (7). Foi a terceira vez que estudantes do Câmpus Criciúma participaram da Robocup.
A equipe Siegel foi representada na Robocup pelos estudantes Daniel Milak, do Ensino Médio Técnico Integrado em Mecatrônica, Victor de Castro, Gregory Nykolas e André Soratto, da Engenharia Mecatrônica, e pelo professor orientador, Guilherme Schimidt. Além deles, também participaram da equipe, trabalhando no projeto do robô nos últimos dez meses, os estudantes Elias Mendonça, Sofia Meneghel e Nicole Citadin, do curso técnico em Mecatrônica, e Thiago Ferreira, da Engenharia.
A equipe do IFSC foi a única representante brasileira na categoria Rescue Junior, destinada a robôs de resgate desenvolvidos por acadêmicos. A Siegel competiu com mais oito equipes e ficou atrás somente das equipes da China e dos Estados Unidos. O robô precisava passar por 14 pistas, cada uma com um terreno diferente, com o objetivo de realizar o maior número de idas e voltas com o menor tempo possível. Mas os obstáculos não estavam apenas nas pistas. Os estudantes brasileiros tiveram de rever o planejamento e fazer mudanças no robô em plena competição.
“Em uma das provas o nosso robô acabou tendo um curto circuito, perdemos o motor e tivemos que fazer uma grande mudança nele. Foram várias coisas que a gente teve que se adaptar e refazer. Praticamente refizemos o robô umas duas ou três vezes durante a competição”, afirma Victor, estudante da nona fase de Engenharia Mecatrônica, que retorna para casa entusiasmado com a conquista e projetando novas competições.
“A experiência é indescritível. Conhecer outra cultura, poder conversar com pessoas de outras universidades, saber o que eles vivem, ver pessoas do mundo inteiro e ainda ficar em terceiro lugar na maior competição de robótica do mundo é maravilhoso. Esperamos que essa representação valha muito a pena. É um reconhecimento para o IFSC, que dá muito apoio, para o professor Guilherme, que vem dando suporte desde o começo, e os outros colegas estão acompanhando, várias pessoas já vieram nos perguntar para o ano que vem já temos convite para outras competições, além de outros alunos participarem da próxima Robocup”, diz Victor.
Segundo o professor Guilherme Schimidt, a equipe reproduziu os mesmos passos realizados na competição de 2018, quando desenvolveu um robô totalmente do zero com novas ideias e conceitos, mas dessa vez contaram com um novo planejamento e, também, com a sorte. “O que nos garantiu o pódio foi muita vontade, além do desejo de provar que o resultado do ano passado não era justo para o que trabalhamos. Provamos que aconteceram erros e equívocos e os corrigimos para, felizmente, conseguir o terceiro lugar”, diz Guilherme. “A importância para mim, enquanto professor, enquanto alguém que acredita na educação pública de qualidade, é provar que o brasileiro é altamente inteligente e que pode, no campo da robótica e em qualquer outro, ter igualdade nessas competições ”, conclui.
É a terceira vez que uma equipe de estudantes do Câmpus Criciúma participa da competição. Sob orientação do professor Guilheme Schmidt, outros estudantes integraram a equipe Siegel na Robocup de 2017, no Japão, e de 2018, no Canadá. O pódio veio na terceira participação.