EXTENSÃO Data de Publicação: 27 out 2022 08:41 Data de Atualização: 27 out 2022 08:55
Motivar os participantes para a área de tecnologia, permitir o contato com a eletrônica e possibilitar o processo criativo, além de disseminar o conhecimento da robótica para estudantes das escolas públicas. Esses são objetivos específicos do Projeto Ação Robótica Educacional, que acontece desde 6 de outubro no Câmpus Florianópolis, e dirigido a 10 alunos com altas habilidades e superdotação. O último encontro do grupo com a tecnologia desenvolvida nos laboratórios do FSC acontece nesta quinta-feira (27), quando também participarão da 22ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A iniciativa acontece em parceria com o Núcleo de Altas habilidades e Superdotação (NAAHS) do Estado.
Segundo o coordenador do projeto, professor Daniel Lohmann, o objetivo do projeto é oferecer o primeiro contato desses alunos com algumas tecnologias. Ele conta que os estudantes, com idades entre 10 e 18 anos, nos três primeiros encontros, realizados dia 6, 13 e 20 de outubro, fizeram imersão na impressão 3D, em programação, robótica. “No último, fizeram a programação de um carrinho, aprenderam controlar velocidade, tempo, parar o carro e voltar. Fizeram a programação de um veículo como se fosse um carro autônomo, operando em um chão de fábrica distribuindo equipamentos por esse local, para nessa semana participarem de um desafio que vamos propor”, revela Daniel.
O coordenador destaca a importância do projeto, tanto para os alunos da rede pública do Estado, como para os estudantes do Câmpus. “Nossos alunos conseguem uma melhor formação porque conseguem aproximar a teoria de seu projeto à prática. Isso torna eles profissionais bem melhores em termos técnicos. Em termos de colaboração também, porque cria um ambiente participativo, porque eles vão colaborar mais, vão interagir mais com a sociedade, tem um aspecto humanístico muito forte, porque você vê essa aproximação fundamental. E tem também a criatividade dos nossos alunos, que estão desenvolvendo as soluções que estão sendo utilizadas. E para os alunos que estão vindo até o IFSC é se maravilhar com as oportunidades, novos caminhos que a formação deles pode ter. Eles passam a ter novas possibilidades”, destaca Lohmann, que complementa: “também é uma oportunidade para os nossos alunos participarem desse projeto de extensão, aplicar o que eles estudam na prática, assim eles conseguem ver o resultado prático de tudo que estão estudando. E os alunos que vem aqui, tem a estrutura que o IFSC proporciona, que é uma estrutura ímpar, difícil de encontrar, eles têm acesso a muita tecnologia. A gente consegue levar tecnologia para eles, de forma muito explícita, que a maioria das escolas não tem acesso”.
O coordenador conta que o primeiro contato aconteceu pela Secretaria de Educação do Estado, que procurou o Campus, através do professor Fernando Pacheco. A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) em seu atendimento aos estudantes com Altas Habilidades Superdotação, contatou o Departamento Acadêmico de Eletrônica (DAELN) para auxiliar nas atividades extra curriculares destes estudantes. “Eles tem esses alunos com alta capacidade de aprendizado e querem despertar o lado criativo desses estudantes para realizar tarefas e explorar as altas habilidades. E essa oportunidade vai se tornar cada vez mais presente, queremos expandir tanto internamente como de forma a receber mais alunos de fora, motivando todos com relação a essa vivência”, salienta Daniel.
A previsão é que o projeto siga no próximo ano, a fim de que esses estudantes continuem com essa imersão no mundo da eletrônica, conhecendo programação, as grandes áreas, conhecendo a área que podem seguir profissionalmente e desenvolvendo a lógica e o gosto pelos estudos. “A ideia é que eles continuem vindo aqui, tendo acesso à impressão 3D, a equipamentos que são utilizados em robótica, controladores, programação para que possam desenvolver essas altas habilidades e interesses que eles já possuem. Eles já tem facilidades em matemática, então eles vão poder despertar e desenvolver projetos”, finaliza Lohmann.